sexta-feira, 1 de dezembro de 2006


Hoje confesso que ao ligar o pc dei por mim sem saber o que iria encontar, mas uma centelha de luz apareceu nos comentários que leio dos meus AMIGOS, dão-me alento a ir em frente apesar de vos confessar que não é fácil, quando o mundo que tu concebeste à tua volta desmoronou-se sem perceberes exactamente porquê (dejá vu?).


A cada dia que passa um pouco de mim reorganiza-se e a vida volta a fazer sentido. Estou a reaprender a gostar de mim, a me focar no que realmente importa, um dia de cada vez, lentamente as pequenas coisas da vida tornam a ter interesse, a comida a saber melhor, os momentos passados a ler, interessantes, a natureza ganha côr e a vida parece sorrir novamente.


É pena que constato que na grande maioria das vezes, todos, homens e mulheres aprovam toda esta maneira de estar na vida, franqueza, honestidade, humildade, companheirismo, mas na vida real nada se passa desta forma. Esta forma de vivência é apontada como fraqueza, no intimo de alguns, uma forma de manipular, carencia de afectividade, momentos ruins, etc... Sabem o que é que eu acho verdadeiramente? Esquecem-se que somos humanos, não somos heróis de banda desenhada.


Meus amigos tenho uma novidade para vocês, ISSO NÃO EXISTE.


Errar é humano, ter fraquezas, é humano, chorar é humano, ter duvidas é humano, o que não é humano é considerar tudo isto errado e não dar hipótese de dialogar, de assumir à partida situações como certas, pegar em pequenas coisas que correm menos bem e dar-lhes proporções exageradas.


EU tenho orgulho de ser quem sou, com mais ou menos defeitos sou HUMANO.



Não quero ser um génio... Já tenho problemas suficientes ao tentar ser um homem
Autor:
Camus , Albert

1 comentário:

Anónimo disse...

Realmente não é fácil quando o nosso mundo se desmorona. Quando, subitamente, todos os nossos planos e o nosso futuro parecem diluir-se e, tudo aquilo que tínhamos como tão certo, se torna incerto.
Na realidade, mais do que aquilo que é concreto, o que nos faz realmente perder o alento é a perda dos estatutos que tínhamos, da nossa identidade, daquilo que somos nós e que se dilui à medida que tudo à nossa volta se desfragmenta.
Mas, tal como um terreno após o inverno, a primavera retorna ao nosso coração e à nossa alma. Nunca traz as mesmas flores nem a mesma disposição. O jardim que tiveste no passado nunca volta a ser o mesmo.
As rosas que plantaste vão continuar a desabrochar mas, para tua surpresa, vão surgir papoilas, malmequeres, mil e uma flores igualmente lindas e selvagens que nunca esperaste mas que te vão mostrar como, mesmo no caos, mesmo naquilo que é impossível de controlar, existe beleza, existe esperança. Essas flores são as jóias da tua alma, aquelas que emergem sem esforço consciente, são a força e as qualidades que nunca pensaste ter e que, subitamente se dão a conhecer!
Vão sempre existir cardos e ervas daninhas a arrancar no teu jardim. São as tristezas, as dúvidas, as incertezas, as traições, os sentimentos que vão tentar sufocar-te. Arranca-os do teu coração diligentemente. Permite-te ser tu próprio e seres feliz a fazer aquilo que te permite exprimir enquanto ser humano.
A felicidade nao é sorrir a todo o momento, mas é sermos verdadeiros connosco mesmos. É sentir que choramos quando queremos chorar, rimos quando queremos rir, estamos com quem queremos porque amamos essas pessoas e nao nos deixamos abater ou influenciar por quem não é nosso amigo e se esconde nessa fachada.
Tens razão, não somos herois de banda desenhada...somos humanos...somos o comum anti-heroi com dúvidas, inseguranças, tristezas, alegrias, certezas, confiança!
Nunca sejas um heroi para os outros, o que eles pensam não interessa....mas sê um heroi para ti mesmo, conhece as tuas qualidades e defeitos, aceita-os em igual medida, e sê sempre, SEMPRE verdadeiro contigo mesmo :)
Beijinhos